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[Imagem da internet] |
Esse texto não tem pretensões alguma. Não passou por correções ortográficas nem por uma revisão mais criteriosa. Ele foi escrito apenas como forma de exercício diário. Se você tem alguma coisa para adicionar ou alguma reclamação, fique à vontade para fazer isso nos comentários dessa postagem.
Essa semana me vieram vários temas e esboços de ideias à cabeça. Sobre o que escrever? Não tinha ideia alguma sobre qual assunto escreveria. Quem me conhece sabe que minhas ideias surgem do nada e de repente começo a empurrar meus dedos sobre as teclas do meu computador e depois é que decido se o texto tem algum valor ou não (nesse caso, ele vem parar nesse blog).
Nesse momento me deparo com questões relativas ao nosso enorme país. Para ser mais claro, gostaria de escrever algumas linhas longe da ficção, minha parte favorita desse negocio denominado escrita. Nesse texto não vou inventar uma estória, uma crônica, ou seja lá como queiram chamar. Aqui, venho expor minha indignação com as pesquisas nesse país. Não venho dizer que estamos, comparando com outros países, longe do ideal para nos consideramos um país de pesquisadores, mas sair por ai jogando artigos, muitos deles sem qualidade, é algo que me parece desnecessário.
Sei que as instituições que foram criadas para o incentivo da pesquisa querem muitas publicações e participações em eventos, mas o que vale mais: QUANTIDADE ou QUALIDADE?
Nesse meio em que vivo, vejo sempre os números prevalecerem. Muitos colegas apenas primam pela quantidade, quase nunca pela qualidade. Não estou aqui dizendo que devemos montar um regime ditatorial para as publicações, mas melhorar a qualidade das mesmas seria uma boa escolha.
Não bastasse a questão dos “números” que falei anteriormente, ainda existe a falta de ética. Muitos “pesquisadores” recebem créditos por publicações apenas em revisar o material ou colocá-los nas normas de um periódico ou revista. Ridículo, pois não sei quem perde mais, a pessoa que vai ganhar esse mérito ou quem, de fato, escreveu o artigo.
Na minha concepção, escrever é algo único, que vem à sua cabeça em momentos de inspiração, às vezes; da alma, não porque tem um evento acadêmico onde você precisa publicar, mas se isso for necessário, defendo que se publique pela qualidade e relevância do material, não pela imposição ao mesmo.
Querem outra situação “fabulosa”? Conheço gente que não sabe falar ou, pelo menos escrever, em uma língua de alcance internacional como o inglês ou o espanhol, por exemplo, mas já teve material publicado em revistas que exigiam o domínio de uma língua estrangeira. Tudo bem que nesse caso, você pode procurar os serviços de um tradutor, mas não é deselegante sair por ai dizendo que publicou um trabalho em revista internacional quando na verdade ao traduzir o material, o tradutor faz uma versão em outra língua? Logo ele deixa muito dele (o tradutor) no trabalho, muitas vezes dando uma nova visão ao artigo ou vocês acham que traduzir é escrever tal qual o texto se encontra na primeira língua?
Termino esse texto com um pensamento do Renato Russo. Esse músico falou uma vez que ao gravarmos um material, em seu caso um CD, nós devemos lembrar que o mesmo será algo que ficará para a eternidade, que devemos caprichar, pois depois ficará difícil modificá-lo. No caso da música pode-se até fazer outras versões, mas nos textos acadêmicos, muitas vezes, as primeiras versões publicadas são as que servem de referência, embora possam ser alteradas no futuro também.
Acho que publicar é uma honra, algo que causa orgulho naquele que, depois de longas pesquisas e estudos sobre um assunto, poderá se orgulhar pela aceitabilidade e relevância do seu trabalho, mas publicar qualquer material e não desrespeitar as regras do jogo limpo... Ai já é contribuir para a depreciação do trabalho dos verdadeiros cientistas desse maravilhoso país chamado Brasil.
FIM?