Não tenho nenhuma
autoridade no assunto, mas vejo que nossa sociedade não respeita mais a mulher
e nem a própria mulher se dá ao respeito. É um festival de exposição
desnecessária dos próprios corpos na tentativa de mostrar a única “coisa que
têm de bom”. Um atributo temporal. Visualmente é uma maravilha, mas depois
reclamam quando um cara não quer nada sério.
Isso tem nome e o site
Wikipédia define bem:
Misoginia,
ou seja, “o ódio ou
desprezo ao sexo feminino (mulheres ou
meninas). A palavra vem do grego misos (μῖσος,
"ódio") e gyné (γυνή, "mulher"). É paralelo
à misandria,
o ódio para com o sexo masculino. Misoginia é o antônimo de filoginia,
que é o apreço, admiração ou amor pelas mulheres. A misoginia é por vezes
confundida com o machismo e com o androcentrismo,
mas enquanto que a primeira se baseia no ódio ou desprezo,
o segundo fundamenta-se numa crença na inferioridade da mulher e o último com a
desconsideração das experiências femininas perante o ponto de vista masculino”.
Ainda no mesmo site,
podemos encontrar a definição dada por Michael Flood:
"Embora mais comum
em homens, a misoginia também existe e é praticada por mulheres contra outras
mulheres ou mesmo elas próprias. A misoginia funciona como uma ideologia ou
sistema de crença que tem acompanhado o patriarcado ou sociedades dominadas
pelo homem por milhares de anos e continua colocando mulheres em posições
subordinadas com acesso limitado ao poder e tomada de decisões. [...]
Aristóteles sustentou que mulheres existem como deformidades naturais e homens
imperfeitos [...] Desde então, as mulheres em culturas Ocidentais tem
internalizado seu papel como bodes expiatórios da sociedade, influenciadas no século
21 pela objetificação das mesmas pela mídia com seu autodesprezo culturalmente
sancionado e fixações em cirurgia plástica, anorexia e bulimia.”
|
Reparem que nas imagens o que está sendo vendido é a camisa. No homem a postura é quase neutra, mas nas mulheres o corpo é explorado. Clique nas imagens para ver mais detalhes. |
As fotos dos próprios anúncios
publicitários já dizem tudo: mulheres são exploradas constantemente, ao ponto
de venderem a própria prima nocte, ou seja, primeira
noite em programas de TV.
Não é incomum observar os
acontecimentos no mundo da música dessa semana que se passou e ainda ouvir o
maior alvoroço por causa de uma cantora que apareceu parecendo um bicho, mas
praticamente despista por completo. Pois é, parou um pouquinho de fazer
sucesso, vai lá mostra um pouquinho do corpo e reaparece.
Aonde vamos parar? Não sei.
Não é problema meu mesmo. Quem se importa com isso é apenas rotulado de chato. Como
diria Zygmunt Bauman, vivemos em tempos onde a sociedade e nossas relações são líquidas.
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