SOBRE O BLOGUEIRO

Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal. Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer. Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.

- [Portal da Língua Inglesa] -

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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Música Para Ouvir

Música Para Ouvir

por Arnaldo AntunesMúsica para ouvir no trabalhoMúsica para jogar baralhoMúsica para arrastar correnteMúsica para subir serpenteMúsica para girar bambolêMúsica para querer morrerMúsica para escutar no campoMúsica para baixar o santoMúsica para ouvir músicaMúsica para ouvir músicaMúsica para ouvir músicaMúsica para compor o ambienteMúsica para escovar o denteMúsica para fazer choverMúsica para ninar nenêMúsica para tocar novelaMúsica de passarelaMúsica para vestir veludoMúsica pra surdo-mudoMúsica para estar distanteMúsica para estourar falanteMúsica para tocar no estádioMúsica para escutar rádioMúsica para ouvir no dentistaMúsica para dançar na pistaMúsica para cantar no chuveiroMúsica para ganhar dinheiroMúsica para ouvir músicaMúsica para ouvir músicaMúsica para ouvir músicaMúsica pra fazer sexoMúsica para fazer sucessoMúsica pra funeralMúsica para pular carnavalMúsica para esquecer de siMúsica pra boi dormirMúsica para tocar na paradaMúsica pra dar risadaMúsica para ouvir músicaMúsica para ouvir músicaMúsica para ouvir música

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

POR QUEM OS SINOS DOBRAM


Por Bruno Coriolano

“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.


É chegada a hora de votar e escolher os próximos governantes municipais. Mas será que todos sabem qual é a importância do ato de votar? Será algum um dia o cidadão acordará e terá consciente da sua importância na sociedade? Quando iremos despertar para os falsos apertos de mão e frases ideológicas repetidas?

Enquanto muitos estão lá fora com seus novos jogos de cartas marcadas, outros estão imersos em um sono profundo, sem conseguir entender o mundo a sua volta. Impotente às causas coletivas só me resta escrever, e escrevo por amor a arte, sem fins lucrativos, apenas um hobby.

Lembro me agora de uma citação poética que me encanta não só pela riqueza literária, mas pelo seu sentido profundo. É atribuída ao poeta inglês John Donne, e é retomada pelo escritor americano Ernest Hemingway em seu romance “Por quem os sinos dobram”, titulo escolhido por mim para esse texto. Mas Por quem os sinos dobram? Eles dobram por nós. O sentido sugerido é que nenhum homem poderia existir sozinho. Ele afirma que estamos todos interligados, e a perda de um ser humano simboliza a nossa perda também.

Por quem chora aquele sino? Aquele sino chora por todos nós.

Portanto, a idéia no caso se remete a uma escolha em nome coletivo. Votar consciente é pensar no outro. Ser responsável pela escolha dos líderes é um ato de extrema consciência e responsabilidade de cada um de nós. Não quero ser responsável por deixar retalhos na história do meu país e ser dominado por um sentimento de atraso, por não saber ler o mundo a minha volta. Não quero morrer sem contribuir para o avanço da minha civilização na evolução humana. Lembrem se que cada homem que desaparece leva consigo um pouco da história da humanidade. E é quando os sinos tocam por cada um de nós.

sábado, 2 de agosto de 2008

[ DICA] A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - GEORGE ORWEL



A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - GEORGE ORWEL

“Lembro-vos também de que na luta contra o Homem não devemos ser como ele. Mesmo quando o tenhais derrotado, evitai-lhe os vícios. Animal nenhum deve morar em casas, nem dormir em camas, nem usar roupas, nem beber álcool, nem fumar, nem tocar em dinheiro, nem comerciar. Todos os hábitos do Homem são maus. E, principalmente, jamais um animal deverá tiranizar outros animais. Fortes ou fracos, espertos ou simplórios, somos todos irmãos. Todos os animais são iguais.”George Orwell

O início de uma fábula contemporânea. O dono da Granja do Solar, Sr. Jones, embriagado com o poder, tranca o galinheiro e vai para a cama cambaleando.

Major, um porco ancião e já premiado, reúne todos os animais e conta seu sonho visionário de como será o mundo depois que o homem desaparecer, declara em tom profético a necessidade dos bichos assumirem suas vidas, acabando com a tirania dos homens, e canta a canção “Bichos da Inglaterra”.

Os animais são contagiados pelos versos revolucionários e entoam apaixonadamente a canção recém-aprendida. Sr. Jones acorda, alarmado com a possível presença de uma raposa, e com uma carga de chumbo disparada na escuridão encerra a cantoria.

Major falece três noites após. A morte emoldura o mito e suas palavras ganham destaque nas falas dos animais mais inteligentes da granja. Ninguém sabe quando será a rebelião, mas a necessidade de libertação domina os diálogos. Os bichos mais conservadores insistem no dever de lealdade ou no medo do incerto: “Seu Jones nos alimenta. Se ele for embora, morreríamos de fome”.

Os perfis dos animais são traçados: os porcos, as ovelhas, os cavalos, as vacas, as galinhas, o burro... Todos com traços marcantes de manipulação, alienação, rigidez, ignorância, dispersão, teimosia...

A rebelião ocorre mais cedo do que esperavam. Com a expulsão do Sr. Jones da granja, surge o momento de reorganizar o funcionamento da propriedade. Os porcos assumem a liderança, dirigem e supervisionam o trabalho dos outros, e os demais animais dão continuidade à colheita. Alguns bichos se destacam pela obstinação, como o cavalo Sansão, cujo lema é “Trabalharei mais ainda.”

Os sete mandamentos, declarados por Major, são escritos na parede:

“Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.O que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.Nenhum animal usará roupa.Nenhum animal dormirá em cama.Nenhum animal beberá álcool.Nenhum animal matará outro animal.Todos os animais são iguais.”

LEIA EM : http://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=2369