SOBRE O BLOGUEIRO

Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal. Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer. Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.

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domingo, 8 de março de 2009

Luís da Câmara Cascudo


Luís da Câmara Cascudo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre




Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 — Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, folclorista, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro.
Passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O Instituto de Antropologia desta universidade tem seu nome. Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estréia, Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971) foram editadas postumamente. Quase chegou a ser demitido por estudar figuras folclóricas como o lobisomem

Posições políticas


Monarquista durante as duas primeiras décadas do século XX, durante a década de 1930, em combate e contraponto à crescente influência marxista no Brasil, e, em parte, sob a impressão causada pela assim chamada Intentona Comunista de 1935, quando Natal foi palco e sede da primeira tentativa de um governo fundado nas idéias marxistas da América Latina, Cascudo aderiu ao integralismo brasileiro e foi membro destacado e Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira, o movimento nacionalista de extrema-direita encabeçado por Plínio Salgado. Desencantou-se rapidamente com o Integralismo, tal como outro famoso ex-integralista, Dom Hélder Câmara, e já durante a Segunda Guerra Mundial favoreceu os Aliados, demonstrando sua antipatia aos fascistas italianos e aos nazistas alemães. Fiel ao seu pensamento anti-comunista, não se opôs ao Golpe Militar de 1964, mas protegeu e ajudou a diversos potiguares perseguidos pelos militares. Muito contribuiu para a cultura na gestão do Prefeito de Natal, Djalma Maranhão.

Livros de Luís da Câmara Cascudo


O conjunto da obra de Luís da Câmara Cascudo é considerável em quantidade e qualidade: ele escreveu 31 livros e 9 plaquetas sobre o folclore brasileiro, em um total de 8.533 páginas. Ninguém no Brasil, nem antes nem depois dele, realizou obra tão gigantesca com reconhecimento nacional e estrangeiro. É também notável que tenha obtido reconhecimento nacional e internacional publicando e vivendo distante dos centros Rio e São Paulo.
Os títulos listados estão seguidos das publicações originais e suas respectivas editoras. Atualmente alguns deles já foram reeditados por outras editoras.
  • Alma Patrícia, critica literária – Atelier Typ. M. Vitorino, 1921
  • Histórias que o tempo leva – Ed. Monteiro Lobato, S. Paulo, (out. 1923), 1924.
  • Joio – crítica e literatura – Of. Graph. d’A Imprensa, Natal (jun), 1924
  • Lopez do Paraguay – Typ. d’A República, 1927
  • Conde d’Eu – Ed. Nacional, 1933
  • O homem americano e seus temas – Imprensa Oficial, Natal, 1933
  • Viajando o sertão – Imprensa Oficial, Natal, 1934
  • Em memória de Stradelli – Livraria Clássica, Manaus, 1936
  • O Doutor Barata – Imprensa Oficial, Bahia, 1938
  • O Marquês de Olinda e seu Tempo – Ed. Nacional, S. Paulo, 1938
  • Governo do Rio Grande do Norte – Liv. Cosmopolita, Natal, 1939.
  • Vaqueiros e Cantadores – (Globo, 1939) – Ed. Itatiaia, S. Paulo, 1984.
  • Antologia do Folclore Brasileiro – Martins Editora, S. Paulo, 1944
  • Os melhores contos populares de Portugal – Dois Mundos, 1944
  • Lendas brasileiras – 1945
  • Contos tradicionais do Brasil – (Col. Joaquim Nabuco), 1946 - Ediouro
  • Geografia dos mitos brasileiros – Ed. José Olímpio, 1947. 2ª edição, Rio, 1976.
  • História da Cidade do Natal – Prefeitura Mun. do Natal, 1947
  • Os holandeses no Rio Grande do Norte – Depto. Educação, Natal, 1949
  • Anubis e outros ensaios – (Ed. O Cruzeiro, 1951), 2ª edição, Funarte/UFRN, 1983
  • Meleagro – Ed. Agir, 1951 – 2ª edição, Rio, 1978
  • Literatura oral no Brasil – Ed. José Olímpio, 1952 – 2ª edição, Rio, 1978
  • Cinco livros do povo – Ed. José Olímpio, 1953 – 2ª edição, ed. Univ. UFPb, 1979.
  • Em Sergipe del Rey – Movimento Cultural de Sergipe, 1953
  • Dicionário do Folclore Brasileiro – INL, Rio, 1954 – 3ª edição, 1972
  • História de um homem – (João Câmara) – Depto. de Imprensa, Natal, 1954
  • Antologia de Pedro Velho – Depto. de Imprensa, Natal, 1954
  • História do Rio Grande do Norte – MEC, 1955
  • Notas e documentos para a história de Mossoró – Coleção Mossoroense, 1955
  • Trinta "estórias" brasileiras – ed. Portucalense, 1955
  • Geografia do Brasil Holandês – Ed. José Olímpio, 1956
  • Tradições populares da pecuária nordestina –MA-IAA n.9, Rio, 1956
  • Jangada – MEC, 1957
  • Jangadeiros – Serviço de Informação Agrícola, 1957
  • Superstições e Costumes – Ed. Antunes & Cia, Rio, 1958
  • Canto de Muro – Ed. José Olímpio, (dez. 1957), 1959
  • Rede de dormir – MEC (1957), 1959 – 2ª edição, Funarte/UFRN, 1983
  • Ateneu Norte-Rio-Grandense – Imp. Oficial, Natal, 1961
  • Vida breve de Auta de Souza – Imp. Oficial, Recife, 1961
  • Dante Alighieri e a tradição popular no Brasil – PUC, Porto Alegre, 1963 – 2ª edição Fundação José Augusto (FJA), Natal, 1979
  • Dois ensaios de História – (Imp Oficial Natal, 1933 e 1934) Ed. Universitária, 1965
  • História da República do Rio Grande do Norte – Edições do Val, Rio, 1965
  • Made in África – Ed. Civilização Brasileira, 1965
  • Nosso amigo Castriciano – Imp. Universitária, Recife, 1965
  • Flor dos romances trágicos – Ed. Cátedra, Rio, 1966 – 2ª ed. Cátedra/FJA, 1982
  • Voz de Nessus – Depto. Cultural, UFPb, 1966
  • Folclore no Brasil – Fundo de Cultura, Rio, 1967 – 2ª edição, FJA, Natal;, 1980
  • História da alimentação no Brasil – Ed. Nacional ( 2 vol) fev. 1963), 1967, (col. Brasiliana 322 e 323) – 2ª ed. Itatitaia, 1983
  • Jerônimo Rosado (1861-1930) – ed. Pongetti, Rio, 1967
  • Seleta, Luís da Câmara Cascudo – Ed. José Olímpio, Rio, 1967 – org. por Américo de Oliveira Costa. – 2ª Ed. 1972.
  • Coisas que o povo diz – Bloch, 1968
  • Nomes da Terra – Fundação José Augusto, Natal, 1968
  • O tempo e eu – Imp. Universitária – UFRN, 1968
  • Prelúdio da cachaça – IAA, (maio, 1967), 1968
  • Pequeno manual do doente aprendiz – Ed. Universitária – UFRN, 1969
  • Gente viva – Ed. Universitária UFPe, 1970
  • Locuções tradicionais no Brasil – UFPE, 1970 – 2ª edição, MEC, Rio, 1977
  • Ensaios de etnografia brasileira – INL, 1971
  • Na ronda do tempo – Ed. Universitária, UFRN, 1971 (livro biográfico)
  • Sociologia do Açúcar – MIC – IAA, 1971. Coleção Canavieira n. 5
  • Tradição, ciência do povo – Perspectiva, S. Paulo, 1971
  • Ontem – (maginações) – Ed. Universitária UFRN, 1972
  • Uma História da Assembléia Legislativa do RN – FJA, 1972
  • Civilização e cultura (2 vol.) – MEC/Ed. José Olímpio, 1973
  • Movimento da independência no RN – FJA, 1973
  • O Livro das velhas figuras – (6 vol.) – 1, 1974; 2, 1976; 3, 1977; 4, 1978; 5, 1981; 6, 1989 – Inst. Histórico e Geográfico do RN
  • Prelúdio e fuga do real – FJA, 1974
  • Religião no povo – Imprensa Universitária, UFPb, 1974
  • História dos nossos gestos – Ed. Melhoramentos, 1976
  • O Príncipe Maximiliano no Brasil – Kosmos editora, 1977
  • Antologia da alimentação no Brasil – Livros Técnicos e Científicos ed., 1977
  • Três ensaios franceses, FJA, 1977 (do Motivos da Literatura Oral da França no Brasil, Recife, 1964 – Roland, Mereio e Heptameron)
  • Mouros e Judeus – Depto. de Cultura, Recife, 1978
  • Superstição no Brasil – Itatiaia, S. Paulo, 1985

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dom Juan nos infernos - Charles Baudelaire, tradução Jorge Pontual


Dom Juan nos infernos

Quando ao mundo da treva desceu Don Juan,
Assim que a Caronte o óbolo pagou,
Um mendigo sombrio, mirada malsã
E braço vingador, cada remo tomou.

Com as roupas abertas e os seios de fora,
Um bando de mulheres, na negra manhã,
Rebanho sensual que matadouro implora,
Mugia atrás do herói num lânguido cancã.

Leporelo, a zombar, o salário cobrava.
O velho Don Luís, totalmente tantã,
Apontava a um morto, que ali passava,
O filho que jogou na lama o seu clã.

Histérica de dor, a casta e magra Elvira,
Ao marido traidor que era o seu afã,
Suplicava um último olhar sem mentira,
Um sorriso com a velha pose de galã.

O gigante de pedra, visão imponente,
Assomava à proa tal Leviatã,
Mas o calmo herói, a tudo indiferente,
Olhava sem temor o reino de Satã.

sábado, 31 de janeiro de 2009

A saudade é uma estrada longa



A saudade é uma estrada longa



Em um caminho de espinhos e sofrido
Em um lago reluzente e encantado
Pela estrada da solidão e gemido
Na triste figura caminha desolado.


Cercado de uma selva de concreto
Estava ela, linda e sozinha a chamar
Com sua beleza e seu perfume de perto
Cercado de medo e frio continua o ar.


O tempo sem ela tortura quando passa
Nua está sua lembrança em minha mente
Pareço um caçador sem sua caça
A procura de uma culpa pra pessoa inocente.



por Bruno Coriolano