SOBRE O BLOGUEIRO

Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal. Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer. Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.

- [Portal da Língua Inglesa] -

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

"Mãos Dadas" por Carlos Drummond de Andrade.



Imagem de um dos prédios históricos do antigo complexo hospitalar feita por Cristiano Mascaro


Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

terça-feira, 29 de julho de 2014

The elegant art of not giving a shit.




DESCULPEM-ME A VULGARIDADE DESTA POSTAGEM, MAS “eu não estou nem aí”. Neste momento você deve estar se perguntando pela vulgaridade? Onde está tal coisa? Bem, em português não tem nada disso, mas em inglês eu diria algo do tipo, I don’t give a shit, que ao pé da letra seria algo do tipo, “não dou nem merda!” acontece que, em inglês, algumas coisas parecem apresentar a ideia melhor do que em português. Esse seria um bom exemplo, pois na língua de Fernando Pessoa, não faria muito sentindo!

Esse deve ser o segredo do sucesso: não dá a mínima para os outros. Você duvida que seja assim? Pois é exatamente assim que as pessoas de sucesso vivem suas vidas. Por mais que se diga o oposto, pessoas bem-sucedidas estão tão ocupadas com alguma coisa (cursos, viagens, trabalho, estudos, escrevendo livros ...), mas tão ocupadas que, um simples “EU NÃO TENHO TEMPO PARA ISSO AGORA” já significa “EU NÃO ESTOU NEM AÍ”, portanto, não está dando a mínima para os outros.

Deve ser o processo inconsciente que faz com que os praticantes deste método não percebem que eles estão, na verdade, dizendo isso: I don’t give a shit. 

Qual o meu conselho? Ao receber uma crítica, diga para você mesmo: I don’t give a shit.

As coisas não saíram do jeito que você planejou? Diga: I don’t give a shit.

Não conseguiu aquele emprego que desejara há anos? Diga: I don’t give a shit.

O segredo é não se importar com nada, assim você não fica velho antes da hora, evita doenças, como o estresse, e vive a vida de forma melhor.

Tá dando tudo errado na sua vida? Então diga: I don’t give a shit.

Tá dando tudo certo na sua vida? Então continue dizendo: I don’t give a shit.

Pergunta para aquela pessoa que vive em uma cidadezinha do interior do interior e que trabalha para o próprio sustento, sem passar por cima de ninguém e sem se importar com o outros e ela vai dizer: I don’t give a shit. Bem, pelo menos o conceito será esse.



Relaxa e  don’t give a shit!

terça-feira, 10 de junho de 2014

O MUNDO É SEU ESPELHO





O mundo é seu espelho

é com o passar do tempo que sua mente,
Em um excesso de angústias e preocupações
Percebe ter vivido rápida e profundamente
Todas as suas desventuras e decepções.

E sob um leve desespero você pensa.
Que existe confusão entre o acaso e a sorte
E que a vida com o tempo fica mais tensa
E você só descansa nos braços da morte.

Nossa existência chega a enfadar
Não me perco no meio da multidão,
Nem ligo pra morte a me esperar
Pois sei, não serei exceção.

Nem sorria, nem lamente pela dor.
Viva sempre esse conselho
Nessa vida você é mero espectador
E o mundo é seu espelho.

Acabado em 26 de novembro de 2009.
Publicado em:

O mossoroense. Mossoró, RN. Domingo, 13 de Dezembro de 2009. 

segunda-feira, 2 de junho de 2014









Uma pessoa de raros dons intelectuais, obrigada a fazer um trabalho apenas útil, é como um jarro valioso, com as mais lindas pinturas, usado como pote de cozinha.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Um livro a ser lido: Como Escrever a História do Brasil: Miséria e Grandeza.



Ao vasculhar, a procura de coisas novas pela internet, encontrei esse livro que ainda será oficialmente lançado. Não sei nada sobre seu conteúdo, mas já estou aqui louco para lê-lo. Concordo com a descrição de que nossa História foi escrita sob a ótica de “colonizados”. Nossas sociedade reflete isso claramente se analisarmos a maneira como vivemos hoje.
  
Em “Como Escrever a História do Brasil: Miséria e Grandeza”, Fernando Cacciatore de Garcia, trata de mostrar como a historiografia brasileira foi escrita até hoje por homens com a mente de “colonizados”, o que não serve mais ao Brasil de hoje.

Usando instrumentos de análise próprios, como “identificação com o opressor” e “lusofilia”, mostra que tanto a objetiva “grandeza” do país no mundo de hoje, como a imensa “miséria” de milhões de brasileiros ficam excluídas dessa historiografia. Apenas quando o “miserável” for considerado um “agente histórico” e se elaborar uma ideologia nacional positiva e por todos aceita, o país poderá assumir sua objetiva “grandeza” e terminar com a “miséria”.


Data de lançamento: Dia 4 de junho de 2014.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cueille le jour présent.


DOUGLAS OKADA - Vida no sítio - Óleo sobre tela - 60 x 80

Estou naqueles dias em que me sinto com vontade de escrever, mas não sei bem ao certo sobre o que. Passei muito tempo lendo somente em inglês e espanhol e escrevendo muito em inglês, mas a prática, tanto da escrita quanto da leitura, em minha língua materna ficaram de lado por certo tempo.


A falta de assunto foi a causa primaria da minha ausência nesse blog. Durante algum tempo tentei escrever algum conto, peça teatral ou algo que estimulasse minha criatividade literária, mas não consigo pensar em absolutamente nada. Eu até poderia culpar o mundo moderno por isso. Por essa falta de criatividade, mas a culpa, se é que tenho é minha mesmo.  


Em um mundo onde as inspirações passaram a ser raras, escrever algo baseado no cotidiano ficou difícil para minha pessoa. Pensando nisso, procurei beber de outras fontes para, quem sabe, encontrar um pouco de inspiração.


Comecei a ler vários livros, mas estou parando em quase todos no meio. Leio sobre religião, vida, ficção, história. Acredito que, por ter lido muito, tornei-me um ser chat; nada fácil de ser agradado. Mas não “um homem doente… um homem mau. Um homem desagradável.”, como começaria Dostoiévski em seu livro Memórias do Subsolo, outro livro que só foliei algumas páginas e larguei.


Acho mesmo que preciso de um tempo desligado dessas coisas de estudos e leituras. Estou fadigado; cansado dessa sensação de que o tempo não dá para nada e de que 24 horas não servem para nada. Gostaria de voltar alguns anos no tempo. Queria ser um ser completamente oposto do que sou hoje! Gostaria de viver em um mundo só meu, com minhas regras e do meu jeito. Esse mundo precisa mudar e como diria Chico Anysio “mundo moderno melhore melhore (...) Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.”



sexta-feira, 23 de maio de 2014

Procure um amador e pague duas vezes pelo serviço de um profissional.

Imagem retirada da internet. 

Não é incomum, ao abrir meu e-mail, encontrar mensagens de pessoas desesperadas precisando de alguém para traduzir algo para elas. Na verdade, eles querem uma versão e não sabem.

Colocando de forma bem simples:


Tradução é quando pegamos um texto em outra língua e (re)escrevemos o texto na nossa. De inglês para português, por exemplo.

Versão é quando passamos um texto da nossa língua para outra, de português para o inglês, por exemplo.


O que menos importa aqui são as explicações sobre versões e traduções, mas a mensagem. Vamos ver o que eu tenho para você nessa postagem.

Aí o cara chega para você e diz:

-- Você faz a tradução desse artigo por quanto?

-- X.

-- Nossa, como tá caro! Fulano faz mais barato.

-- Para quando é?

-- Sexta-feira... você tem dois dias.

-- E você acha que com apenas dois dias, eu tendo minha rotina já estabelecida, eu vou parar para traduzir por um preço qualquer?

-- Então, tá bom. Vou falar com fulano.

Uma semana depois, a criatura manda um e-mail:


“Professor (Na verdade o cara escreveu meu nome), você não faria a tradução do artigo? Pago o preço que pediu. Fiz com fulano, mas o artigo voltou por causa de uns errinhos" (foi isso que ele disse).

-- Para quando é?

-- Para AMANHÃ.

-- O.K. Para amanhã eu vou cobrar XX.

-- Nossa! Não era X?

-- Era sim. Duas semana atrás, quando eu tinha dois dias para fazer, agora que tenho menos de 24 horas é XX ou você pode procurar fulano.

-- Tá bom. Faça.

MORAL DA HISTÓRIA:


Procure um amador e pague duas vezes pelo serviço de um profissional. Não é arrogância, é uma lição aprendida na vida: cobre o valor que seu trabalho merece e faça bem feito.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

18 de abril.





Se existir algum leitor desse blog, pode ter certeza que já faz um longo período que o mesmo não passa seus olhos por aqui e encontra algo novo! Isso devido ao meu longo recesso do mundo da blogosfera. Bem, não completamente, pois continuei postando no meu blog, digamos, mais profissional. Que é o Portal da Língua Inglesa.

O primeiro grande motivo de ter deixado tanto tempo passar sem uma única postagem é a falta de assunto para comentar. Estamos “arrodeados de notícias” – verdadeiras e falsas – e quase nada é mais uma grande novidade ou algo que mereça nossa atenção por mais de dois dias (comentamos e esquecemos). Logo vem outra coisa para nos distrair. Distração, palavra odiosa.

Durante 4 meses - o tempo que passei sem postar nesse espaço -, posso dizer que minha vida mudou bastante. Não drasticamente, mas ao ponto de merecer uma “postagem-analise”. Analise pessoal, mas que pode fazer qualquer um que leu isso aqui aprender algo.

Quem me conhece sabe que não gosto de expor minha vida assim tão gratuitamente, mas o que é, afinal, um blog, se não a exposição de pensamentos, fotos, imagens, ideias?! Isso é a essência do blog, o diário, não tão diário assim, virtual.

Bem, tive meus altos e baixos, o que foi muito bom, aprendi, cresci e aprimorei minha forma de viver a vida. Noites longas e dias curtas, mas também noites incrivelmente bem vividas e dias curtos, mas extremamente proveitosos. Não fui dormir uma única noite sem aprender algo ou sem viver algo positivamente importante. Sempre acordei uma outra pessoa.

Mudei fisicamente. Consegui perder um peso que pretendia já fazia certo tempo. Durante a correria do dia a dia, tive que sacrificar minhas atividades físicas. Não que eu não conseguisse viver bem, não estava e nem estou obeso, mas por questões de saúde mesmo, resolvi me cuidar mais. Hoje, consigo usar roupas que não usava há anos. Passei quase doze meses sem cortar o cabelo, ou melhor, deixando o cabelo criar vida, crescer e moldar minha nova fase, minha personalidade mais Rock ‘n’ Roll, que caminhava (caminha) naturalmente, sem forçar a barra.

Perdi um primo, vítima de uma batalha de mais ou menos quatro anos contra um câncer. Até hoje me sinto abalado ao passar em frente ao local onde ele passou seus últimos dias!
Mesmo essa baixa mencionada acima, me ensinou muita coisa. Hoje, defendo a ideia de ajuda bem mais do que fazia há quatro meses. Estou fazendo doações, sem necessidade de exposição, para uma instituição que ajuda crianças e jovens com câncer. Fiquei sensibilizado com a situação vivida.

Profissionalmente, cresci mais uma vez. Voltei a fazer o que mais gostava. Estou de volta à universidade e dessa vez com disciplinas que sempre quis lecionar. Entre muitos objetivos que tive em minha vida, ser professor universitário de Literatura Inglesa era meu objetivo. Consegui mais do que isso. Hoje, posso dizer que o amadurecimento profissional veio em um momento casado com o amadurecimento pessoal. Não cresci apenas como professor, mas também como homem. Acredito que a companhia certa ajuda, mas não é tudo se você não estiver disposto a mudar. Mudar sua forma de agir e pensar, por exemplo. No meu caso, encontrei as duas coisas de uma só vez.

E o lazer? Bem, o lazer ainda não é aquilo que gostaria, mas estamos indo no caminho certo. Ainda passo boa parte do meu tempo livre pensando no que fazer no tempo em que não estou totalmente livre.

Não acredito em recompensas vazias. Se você batalhou por algo, provavelmente alcançará algo no mesmo patamar. Seu galardão será, não tenha dúvida disso, proporcional à sua luta. Travo muitas batalhas, mas venço todas. Por que digo isso? Bem, porque mesmo quando as coisas não saem do jeito que planejei, descubro que saíram melhor ainda do que eu queria e assim, eu aprendo muito mais. Aprendo a enxergar aquilo que ficaria oculto caso eu tivesse simplesmente acertado logo de primeira. Não conheço ninguém que conquistou algo na vida acertar logo de primeira! Todos erraram para aprimorar a técnica ou a ação.

Vida longa ao inesperado. Antes eu temia o que eu não podia controlar, mas hoje, eu espero as coisas se mostrarem completamente. É como um jogador de xadrez que espera o adversário movimentar primeiro sua peça. Depois de analisar, pensar bem, eliminar a parte emocional da coisa, é que eu tomo minha decisão – sem pressa, pois também não tenho pressa para errar.

Quem era o EU e quem sou EU agora? Melhorei em diversos aspectos e os primeiros indícios dessas mudanças são minhas tomadas de consciência. Hoje, aceito minhas limitação, ou melhor, sei que elas existem, mas também sei como lidar com isso melhor hoje do que há quatro meses. Me relaciono melhor e me expresso melhor. Aprendi a ouvir mesmo quando as vozes dos outros não dizem nada, eu tiro proveito de algo. Aprendi que sair do seu ciclo e interagir com outros pode te proporcionar momentos de muita luz.

Continuo sendo o mesmo cara com o pensamento pessimista de sempre. Sei da importância desse tipo de pensamento, pois é por meio dele que aprendo a não comemorar falsas vitórias. Não me empolgo com o que não vejo concretizado ainda. Continuo sendo um homem de personalidade forte, mas dessas vez com mais razão (não no sentido de estar sempre certo, mas de ser racional).

Aprendi muito sobre música, esportes, instrumentos musicais, idiomas, países, pessoas, livros, horários, organização, controle de tempo, a importância de uma boa noite de sono... coisas para outras postagens, não para agora.


Bem, quatro meses depois, meus hiato nesse blog perde espaço. Mesmo sem ter nada para contar, acabei de preencher mais um espaço no mundo virtual.