os homens perversos e impostores irão de mal a pior,
enganando e sendo enganados”.
II Timóteo 3:13
Uma breve olhada no dicionário e logo nos deparamos com o conceito de religião: sf. Crença na existência de força ou forças sobrenaturais; manifestação de tal crença pela doutrina e ritual próprios; devoção. Uma breve pesquisada no Google e encontramos diversas religiões: Cristianismo, Islamismo, Budismo, Espiritismo, Judaísmo e outras.
Religião é um daqueles temas clássicos que, no caso de uma guerra dos mundos, seria preciso salvar para preservar a maior prova cabal da nossa ignorância. Foi por causa dela que passamos a experimentar diversas formas de atrasos. São atrasos na busca pela paz, atrasos na ciência e manifestações a arbitrariedade e escravidão ao longo dos séculos.
Perseguições, torturas e cruéis punições marcaram um dos períodos mais sangrentos da história da santa inquisição, se é que podemos chamá-la de santa. Milhares de pessoas morreram na fogueira ou foram enforcadas. Mais que o índice atual de execuções da justiça criminal dos EUA, o país ocidental que mais condena gente à morte. Mais do que combater hereges, estado e igreja tinham interesses econômicos.
Os lucros do confisco iam para o clero e os cofres do rei. Por fim, queimar vítimas tornou-se um espetáculo para as massas. A inquisição antecipou o nazismo ao perseguir os judeus, os principais comerciantes da época. Vivemos sempre no famoso complexo de Édipo. É aquela famosa história (ou seria estória?) em que Édipo descobre que a sua cidade está amaldiçoada, sai em busca do autor do crime, investiga e descobre que o criminoso é ele próprio. No caso da religião, nós somos os criminosos.
Não estou atacando a fé. Mas ela é, intrinsecamente, um elemento que, em vez de unir, divide, interdita o diálogo, torna as crenças das pessoas impermeáveis à novos argumentos, uma vez que a religião é construída, sobre um grau terrível e notável, de mentiras.
Sempre nos deparamos com mães dizendo para os seus filhos que alguém, ao morrer, está em um canto melhor e que em breve voltará. Essa grande mentira coloca na cabeça de uma criança uma ilusão que torna a esperança uma grande frustração. É essa ilusão que as religiões defendem. Na verdade, elas fazem uma verdadeira lavagem cerebral.
Se pegarmos os exemplos mais atuais teremos o Dalai Lama. O povo tibetano sempre acreditou no famoso “caminho do meio” pregado por ele, mas nunca viu na prática o retorno esperado e sempre pregado por tal líder espiritual. Agora ele já fala em aposentadoria. Será que ele já aceitou que o que foi dito durante anos não é mais o que o povo queria ouvir?
Durante os períodos posteriores aos ataques terroristas ao World Trade Center (WTC) em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington D.C., ambos nos Estados Unidos em 2001, tanto George Bush quanto Bin Laden falava em uma luta em nome de Deus. Mais uma prova do mau uso do conceito de Deus. Uma verdadeira luta entre religiões: Cristãos contra Mulçumanos.
Na própria religião mulçumana, a que mais cresce no mundo, existe uma divisão. Basicamente existem dois ramos no islamismo: o sunita e o xiita. O primeiro constitui a maioria. Para ele, o líder, rei ou presidente, não possui papel especial do ponto de vista religioso. Em outras palavras, ele não é encarado como um enviado por Deus (Allah). Já para os xiitas, o líder da comunidade mulçumana possui importância religiosa e política. Nesse ponto de vista ele é um enviado por Deus. Mesma religião com brigas internas. Além da famosa guerra santa. Como pode alguém querer fazer guerra para espalhar religião?
Portanto, o que a religião vem se mostrando ao longo da história em acontecimentos que contradizem todos os seus preceitos religiosos de bondade, de busca pela felicidade e vida eterna. Todas as religiões divergem em algum ponto, mas todas concordam na hora de receber bens dos fieis (dízimos). Nem o corão (ou alcorão) nem a bíblia servem de exemplos de escritas religiosas, uma vez que ambas pregam a escravidão e o conformismo e a primeira prega a propagação de sua crença por meio da guerra. O próprio apóstrofo Paulo pregava a escravidão. Por fim, a bíblia mostra uma realidade preconceituosa e machista.
BRUNO CORIOLANO DE ALMEIDA COSTA
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