Um país se faz com homens e livros. A frase que inicia o texto é atribuída a Monteiro Lobato, um dos grandes nomes da nossa literatura nacional. O pensamento do escritor reflete nada mais do a mais pura verdade. Para podermos constatar a veracidade da mesma é só observar o comportamento que os países desenvolvidos tiveram em relação aos seus investimentos no setor educacional. Países como Estados Unidos da América, Canadá, países da União Européia, Japão, e China, Índia e Coréia.
Não existem dúvidas de que o apagão de investimentos na educação é evidente. São escolas em condições precárias, professores desestimulados e mal-remunerados, sala de aula superlotada, falta de material escolar de qualidade, carência de recursos modernos, falta de sincronia e objetividade. Um descaso com a referida como um todo. Os problemas mencionados estão intimamente ligados aos níveis mais básicos possíveis: ler, escrever, e as quatro operações. A qualidade do ensino é cada vez mais fraca e não existe uma formula mágica capaz de amenizar ou até mesmo acabar com a situação. Ligamos o alerta vermelho para a possível guerra contra o tempo.
Oferecer boa formação, manter os professores atualizados, remunerar de forma motivadora, cobrar resultados e avaliar o desempenho são algumas medidas a serem tomadas. Aqui no Brasil ao invés de atrair os talentos o governo os espantam das escolas. Isso se dá devido à grande desmotivação financeira, pouca possibilidade a acender socialmente e a grande carga horária que os profissionais da educação são submetidos. Quase ninguém quer ser mais professor nesse país. A profissão já ficou marginalizada.
O nosso sistema é carente. As escolas públicas estão entregues as baratas, pois do governo já não são mais. Nelas, enquanto professores precisamos formar alunos com visão de mundo, adotar o regime integral, premiar os bons exemplos, estimular a leitura, trabalhar juntamente com a sociedade, usar com sabedoria as novas tecnologias para podermos modernizá-las, parar de jogar de forma irresponsável os alunos nas faculdades superlotando-as sem observar as exigências do mercado de trabalho. É preciso atacar os fatores e acontecimentos que atravancam o bom desempenho dos profissionais e adequar a formação profissional às necessidades e exigências da nossa sociedade, que é inimiga do relógio.
Precisamos elevar o número de cientistas e pesquisadores e colocá-los em atividade. Ainda estamos muito longe do ideal em atividades cientificas em relação a outros países como os EUA, por exemplo. No país citado a importância da educação é tamanha que no túmulo de Thomas Jefferson, ainda depois de tudo que ele fez por aquele país, está escrito que lá jaz o corpo do fundador da universidade da Virginia. Outro exemplo seria o Qatar. Lá o dinheiro ganho com um único poço de gás é investido na educação, é como usar um recurso esgotável em algo inesgotável: o conhecimento.
Chega de analfabetos funcionais. Em um mundo onde as dificuldades de se conseguir emprego sem boa qualificação profissional e onde tarefas simples são feitas por maquinas, saber noções básicas passa não só a ser um direito, mas uma questão de sobrevivência. É a educação que vai definir o sucesso ou o fracasso dos países nos próximos anos. Temos que legalizar a educação no nosso país. É a partir daí que teremos o inicio da resolução dos nossos outros problemas.
Bruno Coriolano de Almeida Costa
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