SOBRE O BLOGUEIRO

Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal. Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer. Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.

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sábado, 24 de maio de 2008

TV Brasileira: uma realidade inaceitável.






“a televisão me deixou burro, muito burro demais.
E agora todas as coisas que eu penso me parecem iguais”.



A história da televisão brasileira começa na década 1950. Daquele tempo para cá muita coisa já mudou. Pouquíssimos podiam ter o aparelho em casa, mas hoje são várias opções de modelos, cores, tamanhos e marcas. Tornou-se quase que obrigatório ter uma TV na sala de casa, e em muitos casos, no quarto, na sala, cozinha. De lá até o presente momento muita coisa mudou na qualidade dos aparelhos televisivos. Passaram de verdadeiras caixas de madeira à TVs de plasma, e agora no Brasil chega a TV digital. Mas uma pergunta não poderia ficar sem resposta: como anda a qualidade dos nossos programas de TV?



Feliz era a época da televisão Brasileira em que tínhamos programas como "Os Trapalhões" para fazerem todos rirem um pouco. Infelizmente hoje a TV Brasileira só sabe falar de reality shows (BBB, simple life, o aprendiz e outros), fofocas, chacinas e uma comédia fraquíssima, que não chega nem aos pés dos programas como de antigamente como: Os Trapalhões e a Escolhinha do Professor Raimundo, Chaves e Chapolin.


Você pode nem ter notado, mas as mudanças na nossa programação foram muitas nestes últimos meses. Estamos cada vez mais imitando a programação americana, mas infelizmente estamos imitando a parte ruim da American television.


Você sabe como ganhar um milhão de reais sem sair de casa? A resposta para tal pergunta já é bem fácil de responder. Inscreva-se em um reality show (aquele tipo de programa que você não precisa saber nada e depois sai de lá famoso e recebe várias propostas e emprego, tudo que você tem que fazer é não sair da casa.). Aliás, a televisão do nosso país não mostra outra coisa. Muitos com a única intenção de mostrar a vida das pessoas e fofocas. Mas espere um pouco. O que o brasileiro quer ver na TV? O que me parece ser uma ótima resposta seria: fofocas. A grande surpresa desse tipo de programação fica com “Simple Life”, com Ticiane Pinheiro (profissão: mulher de Roberto Justus) e Karina Bacchi (profissão: não sei). Era um programa que tinha tudo para não agradar o telespectador, para sair do ar tão rápido quanto fosse possível, mas surpreendeu e vem emplacando índices suficientes para colocar a Record na briga pela liderança no horário e para praticamente garantir uma segunda temporada do reality show.


Outro destaque fica para a produção global “Toma lá, Dá cá”, que fez “A Diarista”, o programa sem graça de Cláudia Rodrigues ser esquecido em pouco tempo. A idéia do “sitcom” é longe de ser original, já que segue exatamente o mesmo molde dos seriados norte-americanos (risadas ao fundo, piadas simples e rápidas). Porém, este tipo de formato é pouco explorado na nossa televisão. Ao invés de programas humorísticos, SBT e a rede Record apostam em humoristas como, por exemplo, Tom Cavalcante ou Carlos Alberto de Nóbrega (humorista?), que acabam “segurando” o programa muito mais por seus talentos individuais do que por boas histórias.


Agora vamos aos destaques negativos. A pífia apresentação de Íris Stefanelli (ex-bbb não sei qual edição) no TV Fama não deve ser motivo de surpresas. Ficou mais do que provado que para se apresentar em um programa não basta carisma. É necessária no mínimo a noção de câmera e entonação de voz, coisa que a moça parece ainda não ter. Infelizmente, O “ERRO” não é dela, mas sim da Rede TV que não soube entender que Íris despreparada no ar não trará nenhum beneficio a ela, nem a emissora.


Tem também o programa do Leão Lobo, bem esse aí eu não vou nem comentar. Não sei que tipo de audiência uma emissora quer alcançar com tal programação. Alguém percebeu em exato tempo também, que o programa do Clodoviu era um lixo e o tirou da telinha.


De novela eu não falo. Não tenho domínio no assunto, mas sei que o SBT tem uma curiosa tendência de imitar e importar novelas mexicanas. O roteiro é sempre o mesmo: alguém começa pobre e muito triste e acaba rico (a) e feliz. Na Record tem a Caminhos do Coração que parece querer imitar os X-men, com mutantes bizarros.


O mundo da televisão é incompreensível. Existem vários programas esportivos que vão ao ar no domingo após cada rodada do dia citado. Neles os participantes discutem lances como erros do arbitro ou dos jogadores. Ora, o que isso traz de benéfico para o povo? Resultado: a Record tirou do ar o programa de Milton Neves (terceiro tempo).


Meu Deus, eu disse, meu Deus. Tem agora um programa chamado balanço geral com Geraldo Luis. De que se trata o programa? É um telejornal com matérias comunitárias pouco interessantes à comunidade, que prezam basicamente por explorar o sensacionalismo e que sempre acaba antes de um: “boa tarde Brasil”, mas o povo brasileiro (inexplicavelmente) adora este tipo de jornalismo.


E no jornalismo? Bem, o SBT (a sigla não quer dizer Sitio Bico Torto) investiu bastante nesta área nos últimos anos, mas ainda precisa melhorar muito. A credibilidade e o talento de Hermano Henning, Carlos Nascimento e Ana Paula Padrão são importantes, mas a estrutura disponível no canal ainda é precária para o jornalismo.


A Rede TV enfrenta problema semelhante ao da emissora de Silvio Santos. O espaço na grade para programas jornalísticos é bom, conta com bons apresentadores, mas peca pela falta de estrutura. O grande diferencial é que a Rede TV busca investir em programas menos quadrados, como o ótimo, ágil, inteligente e moderno “Leitura Dinâmica”, exibido nos finais de noite (esse é muito bom).


No Globo e na Record os formatos se confundem. Apesar de terem os dois jornais de maior audiência no horário nobre (“Jornal Nacional” e “Jornal da Record”), a sensação que fica é de algo ultrapassado, velho, uma mesmice.


O mundo da televisão, além de incompreensível, é repetitivo. Ao analisar a programação de final de ano das principais emissoras do Brasil, nenhuma surpresa: super shows, especiais (chatos) de Roberto Carlos e afins, filmes impactantes que todo mundo já viu no cinema ou alugou em DVD. Resumindo: tédio e falta de criatividade. A grande expectativa fica para os seriados que a Globo coloca como especiais, para ver se agradam ao público.


Resta saber se na nossa programação do futuro teremos bons programas para diversos gostos. Pois, é preciso que para uma TV digital de alta qualidade e definição, tenhamos pelo menos boas opções. Ligar a televisão aos domingos para assistir ao Domingão do Faustão ou ao Gugu (domingo legal) é um ótimo convite para ler um livro.


Lembre-se telespectador, mesmo com todos os defeitos da nossa programação você é ainda quem tem o poder, não se esqueça que você é quem tem o controle remoto em suas mãos e lembre-se também que pelo menos o programa do João Kleber acabou, ou melhor, acabou aqui no Brasil, pois ele continua em Portugal (Piada de português?). Antes que eu esqueça. Também não gosto do pânico na TV!


Bruno Coriolano de Almeida Costa
May, 5th, 2008.
Apodi – RN, Brazil.



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