Um dia um moleque se
depara com uma cambada de desocupados caminhando pelas ruas de uma cidade
pequena gritando e cantando hinos que rementem ao contato direto com a natureza
por meio de frases que lembram índios, animais e acidentes geográficos.
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Aventura Sênior em Martins no Rio Grande do Norte (1998) |
“Uma aberração!”,
pensou o moleque com uma bola debaixo do braço, falando isso enquanto a cambada
ainda insistia em berrar “Rataplan do
arrebol, Escoteiros vede a luz! Rataplan! Olhai o sol. Do Brasil que nos conduz...”.
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Acampamento dos Escoteiros em União - AEU em Apodi RN. |
Sem perceber, aquele
moleque se tornou Mochileiro naquele dia.
A ideia de sair da
rotina, esquecer o contato com o mundo de concretos surgiu nessa época. Eu criticava
aquilo que vim a me tornar: Um aventureiro que não quer saber de se tornar mais
um bandido de terno e gravata.
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Aventura sênior em Apodi. |
Vasculhando na
internet, descubro essas imagens do tempo de escoteiro. Não tinha nenhuma, pois
tinha essa ideia de não marcar momentos com imagens e sim com palavras, mas essas únicas fotos estão agora eternizadas na rede mundial de computadores.
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Acampamento em PIPA, Natal RN. |
Desse tempo fica o aprendizado
com o diferente e a situação adversa. Aprendi muito a valorizar aquilo que
tenho e a esquecer, ainda que momentaneamente, aquilo que não tenho, tirar da
minha cabeça essa ambição desenfreada de acumular posses e capital à troco de
nada. Pena que nem todos mantiveram o espírito! Alguns resolveram seguir por
outros caminhos, para mim, o sonhe NUNCA ACABOU!
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