Charles Manson
Charles Milles Manson (Cincinnati, 12 de novembro de 1934) foi o fundador de um grupo que cometeu vários assassinatos, entre eles o da atriz Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski, em 1969. Filho de uma prostituta e frequentador assíduo de reformatórios juvenis pelos crimes de falsificação e roubo, Charles Manson acabava de cumprir uma pena de dez anos, em 1964, quando formou uma comunidade estilo hippie em Spahn Ranch, perto de Los Angeles. Manson tinha idéias grandiosas e os seus seguidores, ou "Família Manson" como eram conhecidos, consideravam-no a reencarnação de Jesus Cristo. O próprio Manson acreditava nisso e ainda dizia que os Beatles conversavam com ele através de suas canções.[1]
Em 9 de agosto de 1969, um grupo de seguidores de Manson invadiu a casa Cielo Drive, 10050 de Roman Polanski, em Hollywood, assassinando sua esposa Sharon — que estava grávida — e mais quatro amigos do casal. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, e o sangue delas foi usado para escrever mensagens nas paredes. Em uma delas foi escrito "Pigs" ("porcos", em inglês). Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Leno e Rosemary LaBianca, matando os dois. As mensagens escritas na parede da casa com o sangue das vítimas foram "Helter Skelter", "Death to pigs" e "Rising". Os assassinatos de Sharon e do casal LaBianca pela "Família Manson" ficaram conhecidos como o "Caso Tate-LaBianca". O objetivo dos assassinatos planejados por Charles Manson era começar uma guerra que, segundo ele, seria a maior já travada na terra, denominada de "Helter Skelter". O nome "Helter Skelter" corresponde ao título de uma música dos Beatles onde, de acordo com Manson, havia uma maior quantidade de mensagens subliminares. Uma guerra entre negros e brancos, em que os brancos seriam exterminados. Ele acreditava que algum negro logo seria acusado pelos assassinatos, o que faria com que os confrontos explodissem logo. Como ele e sua "família" eram brancos, planejavam esconder-se em um poço denominado por Manson como poço sem fundo em algum lugar no deserto assim que a suposta guerra começasse.
Linda Kasabian, uma das integrantes da comunidade, porém, resolveu fugir e denunciar Charles à polícia, além de depor em seu julgamento. Ela não concordava com os assassinatos, apesar de ter presenciado alguns.
Manson, então com 37 anos, foi acusado de seis assassinatos e levado à Justiça, juntamente com três seguidoras. Embora fosse o líder da "família", alegou não ter participado pessoalmente de nenhum deles. Charles Manson declarou durante o julgamento o seu ódio profundo pela humanidade, chamando os membros de sua família de rejeitados pela sociedade. A promotoria se referiu a Manson como "o homem mais malígno e satânico que já caminhou na face da Terra"[2], e o quarteto foi sentenciado à morte. Mas, com a mudança no código penal do estado, a pena deles foi alterada para prisão perpétua. Desde então, Manson vem tentando mudar sua pena para condicional, mas nunca conseguiu. Sua última tentativa foi em 2007.
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Referências
↑ "O homem mais perigoso do mundo", David Felton e David Dalton, Rolling Stone número 19, abril de 2008, Spring Publicações, pág. 93
↑ "O homem mais perigoso do mundo", David Felton e David Dalton, Rolling Stone número 19, abril de 2008, Spring Publicações, pág. 93
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