SOBRE O BLOGUEIRO

Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal. Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer. Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.

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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Crônica da semana: O HOMEM NÃO CONTROLA O TEMPO!



O HOMEM NÃO CONTROLA O TEMPO!
Por Bruno Coriolano de Almeida Costa

Não adianta, não tem solução para essa vida corrida em que vivemos hoje. Não temos mais controle sobre nossas próprias escolhas. Digo isso sem medo de me arrepender; de errar ou de perder tempo. Outro dia, sai às pressas para cumprir para com a minha obrigação de cidadão brasileiro; servidor da pátria: pagar as contas em dia para manter esse país funcionando. E você acha que estão ligando se eu pago em dia ou não? Que nada! Esse povo do governo só quer saber de arrecadar dinheiro para si mesmo. Para eles é até bom que o trabalhador não pague em dia. É que eles vão cobrar juros. O dinheiro eles empregam bem. É viagem pras Europa, roupa de marca, muita festa e o povo que se dane.

Eram oito horas da manhã e lá estava eu pegando a primeira fila do dia, mal sabia eu que aquela seria apenas a primeira de muitas. Depois de passar cerca de 40 minutos em uma fila do banco, eu já não aguentava mais aquela gritaria ao meu redor. Era como estar no centro de uma grande cidade sem ter para onde ir para se ter um pouco de paz. É engraçado como brasileiro só faz as coisas na ultima hora. Mas será que é só o povo desse país que faz isso? Se estivéssemos nos Estados Unidos iam dizer que sou “a last-minute person”, assim soaria chique, mas eu acho é cafona.

Longe de querer me meter na vida das outras pessoas, mas por que eles não se programaram para pagar suas contas um ou dois dias antes do vencimento? Tá certo, você deve estar me achando um tremendo de um chato. Mas e daí?! Eu sou um pé no saco mesmo. Odeio gente que deixa tudo para ultima hora. Gente desorganizada essa.

O homem quer brincar de ser Deus 24 horas por dia, mas não consegue nem se administrar, imagine tomar conta da vida dos outros. Para falar a verdade, deve ser bom ser rico. Como é que rico acha tempo para pagar as contas? Sempre me perguntei isso. É engraçado, você nunca vê gente importante em filas quilométricas como as filas que tenho de enfrentar todo mês. Na minha inocência plena já cheguei até em pensar em parar de pagar as contas.

– “Ora, se eu parar de pagar, fico rico e não pego mais fila” – pensava eu, como eu já disse, em minha inocência plena.

A verdade é que, como dizia Salomão, acho que era ele quem dizia isso, “de que adianta ganhar fortunas se perder sua própria alma?”. É verdade, sabia? De que vale ganhar muito dinheiro se você vai ter que pegar a fila para pagar o Imposto de Renda (se escreve assim com letras grandes porque o IR é um verdadeiro Titã). Tem gente que chama até de leão.

O tempo é tão cruel que hoje eu não tenho mais tempo nem de escrever uma carta. E-mail então é todo recheado de abreviação: lol, xoxo, vc... É uma veadagem só! Tudo isso para ganhar mais tempo. Essa modernidade trouxe umas coisas muito boas, mas uma coisa é certa: de que adianta essa revolução tecnológica se só quem não pega fila é quem pode comprar?


 03 de Julho de 2007.


P.s. esse material faz parte de uma coletânea de textos que seriam descartados; aqueles que escrevemos quando julgamos ter uma ideia boa para um conto, poesia ou crônica, mas logo percebemos que estávamos errados ou não desenvolvemos o mesmo da forma que esperávamos. Famosa escrita de gaveta. Como não considerei esse material interessante para uma publicação mais séria, ele veio parar aqui no blog. Não espero que gostem dele. Se você nem ler, para mim não vai fazer muita diferença, nem é um texto de qualidade mesmo. Se não estivesse aqui, provavelmente ele estaria na lixeira do meu computador pessoal. 

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