Um país se faz com homens e livros. A frase que inicia esse manuscrito é atribuída ao escritor Monteiro Lobato, um dos grandes escritores da nossa literatura. Esse pensamento reflete a mais pura verdade. Para podermos constatar a veracidade dessa citação é só observar o comportamento que os países desenvolvidos tiveram em relação aos seus investimentos na educação. Países como Estados Unidos da América, Canadá, Alemanha, Itália, Japão, China, Índia e Coréia investiram pesado nessa área e estão colhendo seus frutos.
Não há dúvidas de que o apagão de investimentos na educação é evidente. Quando se trata do poder publico estadual, isso fica mais evidente ainda. São escolas em condições precárias, professores desestimulados com salários miseráveis, salas de aulas superlotadas, faltam materiais escolares de qualidade, carência de recursos modernos, falta de sincronia e objetividade. Um descaso total. Os problemas mencionados estão intimamente ligados aos níveis mais básicos: ler, escrever, e as quatro operações fundamentais. A qualidade do ensino é ainda muito fraca e não existe uma formula mágica capaz de amenizar ou resolver tal problema. O alerta vermelho está ligado. É uma verdadeira corrida contra o tempo. Já que quanto mais demoramos nos investimentos, mais problemas vão surgindo.
Oferecer boa formação, manter os educadores atualizados, remunerar de forma motivadora e justa, cobrar resultados e avaliar o desempenho são algumas medidas a serem tomadas. É um trabalho difícil e em conjunto, mas se não for feito agora, nuca será. No Brasil não se atrai os talentos, o governo os espantaram por das salas de aula. Isso vem ocorrendo devido à grande desmotivação financeira, a pouca possibilidade ascensão social e uma carga horária muitas vezes desumana a qual os profissionais da educação são submetidos. Na maioria das vezes o professor precisa completar sua carga-horária trabalhando os três turnos para poder ter um pouco mais de “conforto”. Quase ninguém quer ser mais professor nesse país. A profissão já ficou marginalizada. Não existe motivação para seguir esse caminho. São anos de abandono real.
O nosso sistema é carente, as escolas públicas estão entregues as baratas. A verdade é que, enquanto professores, precisamos formar alunos com visão de mundo, adotar o regime integral colocando o jovem mais tempo em contato com o ambiente escolar, premiar os bons exemplos, estimular a leitura e a pesquisa, trabalhar com a sociedade, fazer o uso adequado das tecnologias e parar de jogar de forma irresponsável os alunos nas universidades superlotando-as sem observar as exigências do mercado de trabalho e sua educação com qualidade. É preciso atacar os fatores e acontecimentos que atravancam o bom desempenho dos profissionais e adequar a formação profissional às necessidades e exigências da nossa sociedade moderna, onde a competição se faz presente o tempo todo em um sistema desumano.
É bem verdade que demos os primeiros passos nesse ultimo governo federal, mas temos que continuar seguindo em frente, temos que elevar o número de cientistas e pesquisadores e colocá-los em atividade. Chega de analfabetos funcionais. Em um mundo onde as dificuldades de se conseguir emprego sem boa qualificação profissional é enorme e onde tarefas simples são feitas por máquinas, saber noções básicas passa não só a ser um direito, mas uma questão de sobrevivência. Tenham certeza que é a educação que vai definir o sucesso ou o fracasso dos países nos próximos anos. Temos que tirar a educação no nosso país da marginalização. É a partir daí que teremos o inicio da resolução dos nossos outros problemas.
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