SOBRE O BLOGUEIRO

Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal. Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer. Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

CONTOS DE EDGAR ALLAN POE: “A MÁSCARA DA MORTE RUBRA”




“A Máscara da Morte Rubra” foi publicada em maio de 1842, na Graham’s Magazine, e retrata uma alegoria sobre a inevitabilidade da morte. A história começa quando o Príncipe Próspero, ao ver seu país devastado pela peste da Morte Rubra, decide convidar mil amigos jovens e saudáveis para um período indefinido de reclusão em uma abadia, até que a peste do lado de fora do castelo estivesse terminada. Dentro dos domínios de Próspero reinava a riqueza, a diversão, a beleza e o luxo. Dono de um gosto excêntrico e amante de festas, ao fim de mais ou menos seis meses de “fuga da morte” e segurança de todos dentro da fortaleza, Próspero decide promover um magnífico baile de máscaras para seus convidados.

A festa, realizada em uma série imperial de sete salões decorados com uma cor específica para cada um deles, era de extrema voluptuosidade. As sete salas criavam um ambiente bastante diverso, com janelas de vitrais formando diferentes tons de iluminação de acordo com a cor do aposento e a intensidade da luz. As salas e suas respectivas cores, do oriente para o ocidente, eram as seguintes: azul, púrpura, verde, laranja, branco, roxo e preto. Este último tinha as vidraças escarlates e um enorme relógio de ébano encostado à parede, cujo som ao soar das horas invadia os corações dos presentes e forçava os músicos a pararem de tocar, até que os carrilhões do relógio estivessem silenciados novamente. A cada hora completa, o relógio e suas badaladas provocavam perturbação e angústia, que logo eram trocados por risos e pelo reinício da folia com a música.

Quando o relógio do salão negro soou meia-noite, surgiu uma figura entre os mascarados que ainda não havia sido notada. O mascarado era alto, vestia uma mortalha salpicada de sangue, e tinha como máscara a face de um cadáver repleta de terríveis placas escarlates, representando a Morte Rubra que devastava o país fora da fortaleza. Com os convidados aterrorizados por tal presença, Próspero decide investir contra o intruso que trazia pânico e mal-estar a seus amigos. O príncipe persegue a figura aterrorizante pelos sete salões com um punhal, e no último é agarrado pelo misterioso mascarado, tombando morto no chão. Os convidados reagem e desmascaram o “intruso”, e qual não foi a surpresa de todos ao verem que não havia nada sobre a máscara. Todos percebem, então, que é a presença da Morte Rubra que invadiu os domínios de Próspero, com a intenção de mostrar a todos que a morte é inevitável e implacável com quem tenta enganá-la. A Morte Rubra mata os convidados um a um, até que todos fossem extinguidos.

CONCLUSÃO

Edgar Allan Poe, ao contar uma história regada de tensão e mistério em “A Máscara da Morte Rubra”, insere seu conto como mais uma obra primordial do gênero negro em elementos estilísticos e estéticos. Ao utilizar a morte associada ao carnavalesco, Poe demonstra a presença do fantástico, do mórbido e do efêmero que controla o real sem que nada possa ser feito. Antes fosse apenas imaginação: esse sentimento de impunidade em relação ao poder da morte é tão somente o retrato da vida inteira deste escritor.

Leia a analise em: http://estacaoliteratura.blogspot.com.br/2009/11/morte-e-as-mascaras-de-edgar-allan-poe.html


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