Os juros caíram, mas há serviços cobrados pelos bancos privados que dobraram de preço. E muita gente nem se deu conta.
Pouca gente percebeu, mas os juros caíram. Já as tarifas cobradas pelos bancos dobraram de preço. Extrato bancário, saque em caixa eletrônico, emissão de cheque, tudo aumentou. O repórter José Raimundo fez as contas do tamanho do prejuízo.
Somando tudo, em média, os ajustes parecem pequenos, não chega a 2%. Mas há serviços cobrados pelos bancos privados que dobraram de preço. E muita gente nem se deu conta. “Não tenho notado nada. Também não observo. O dinheiro é tão pouco que não dá para observar”, reconhece a enfermeira Maria Luiza Gabriela.
Os extratos mensais, aqueles que os caixas eletrônicos fornecem para conferência de saldo e a movimentação da conta, estão quase 15% mais caro, mas o maior reajuste foi aplicado para venda de moedas estrangeiras.
Sacar dinheiro em postos de autoatendimento é um dos serviços bancários mais utilizados. Até quatro saques por mês, o cliente tem direito a isenção da tarifa por determinação do Banco Central. Acima desse limite, agora ele paga quase 12% a mais em relação ao valor que vinha sendo cobrado.
Atualmente, são cerca de 30 os serviços oferecidos, e todos eles sujeitos a cobrança. Para o economista Cesar Vaz, com os últimos reajustes nas tarifas, os bancos tentam recuperar o que deixam de ganhar com a baixa dos juros: “É uma busca para compensar a queda dos juros. É bom que se frise que as tarifas que os bancos cobram praticamente cobrem os custos operacionais deles”.
Só há uma maneira, segundo ele, de se enfrentar os constantes aumentos das tarifas. “O segredo é planejar, utilizar o mínimo possível os serviços bancários. Por exemplo, se você faz 10 saques por mês, passe a fazer quatro, porque são gratuitos”.
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