O Leste de Londres era um lugar muito pobre no fim do século 19. Nessa época, a região passou a abrigar irlandeses expatriados e judeus refugiados. Assim, o aumento da densidade populacional da área, somado a uma economia decrépita, fomentou o roubo, a violência e a prostituição. Em outubro de 1888, a London’s Metropolitan Police estimou a presença de 1,2 mil garotas de programa e a existência de 62 bordéis em Whitechapel.
Esse foi o cenário dos crimes atribuídos a um dos assassinos de apelido mais conhecido da história: Jack, o Estripador (em inglês, Jack The Ripper). Entre 1888 e 1891, onze mulheres, em sua maioria prostitutas, foram assassinadas na região. Os assassinatos ficaram conhecidos pela polícia como The Whitechapel Murders.
Canonical five.
Mas nem todos esses assassinatos são associados atualmente ao Estripador. As principais correntes de estudo entendem que pelo menos cinco dessas mortes tiveram o mesmo autor, cuja identidade ainda se desconhece. Essas cinco mulheres foram assassinadas com corte de faca no pescoço e tiveram órgãos retirados de seu corpo.
1. Mary Ann Nichols (Sexta, 31 de agosto de 1888)
2. Annie Chapman (Sábado, 8 de setembro de 1888)
3. Elizabeth Stride (Domingo, 30 de setembro de 1888)
4. Catharine Eddowes (Domingo, 30 de setembro de 1888, 45 minuto depois)
5. Mary Jane Kelly (Sexta, 9 de novembro de 1888)
O mistério acerca do criminoso é tão grande, que se formou uma legião de pesquisadores do assunto. Eles têm até nome: Ripperologists. Devido às restrições tecnológicas da época e ao longo tempo de investigação dos casos, grande parte das evidências originais dos crimes foram perdidas. Muito do que se escreve hoje sobre os assassinatos é baseado nas opiniões desses escritores, que pesquisaram o tema em diferentes momentos, alguns muitos anos depois.
Tour do Jack, o Estripador.
Conheça os locais e as histórias dos assassinatos em East london, guiado por especialistas no assunto. O melhor tour a pé sobre Jack The Ripper é o London Walks.
As cartas.
Após o segundo assassinato, a polícia e os jornais começaram a receber cartas pretensamente escritas pelo autor do crime. Quase todas (ou todas) não passaram de trote. Um jornalista, inclusive, confessou ter redigido a primeira carta na qual aparece o nome de Jack, The Ripper (Jack, o Estripador), datada de 25 de setembro de 1888. Uma carta, cujo título é From Hell (Do Inferno), é considerada uma das mais prováveis a ter sido enviada pelo próprio criminoso. Isso porque ela estava dentro de uma caixa que continha um rim. Supôs-se que o órgão pertencesse à terceira vítima, que teve um rim removido pelo assassino. Na época, porém, a quantidade de trotes era tão grande, que se imaginou que um estudante de medicina pudesse ter redigido a missiva.
Os suspeitos.
Mais de 2 mil pessoas foram levadas à delegacia para prestar depoimento, mais de 300 delas foram efetivamente investigadas e cerca de 80, presas. A concentração dos assassinatos nos fins de semana, todos em ruas próximas, indicou para muitos que o serial killer trabalhava durante a semana e vivia nas redondezas. Também se suspeitou que o criminoso fosse um médico, pois teria que possuir algum conhecimento cirúrgico para realizar a remoção de órgãos internos. Mais tarde, concluiu-se, no entanto, que as extrações não haviam sido realizadas de forma tão acurada, ou pela falta de tempo para a operação, ou pela imperícia do contraventor. Assim, ampliou-se o escopo das buscas.
O Casebook, um site dedicado inteiramente aos assassinatos, apresenta uma votação de seus leitores sobre quem é o suspeito mais provável de ter cometido os crimes. James Maybrick, Francis Tumblety e Walter Sickert são os três principais.
Leia no site original aqui (link).
Nenhum comentário:
Postar um comentário