SOBRE O BLOGUEIRO

Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal. Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer. Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.

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domingo, 25 de dezembro de 2011

NATAL + bRASIL: O Papai Noel seria bem-vindo?


A morte do bom velhinho.



Figura quase onipresente no mês de dezembro, o Papai Noel está em shopping centers, peças publicitárias, enfeites e muito mais.  Todo esse carinho tem motivo claro: o bom velhinho recompensa as crianças que tenham se comportado bem ao longo do ano com presentes que ele mesmo distribui na madrugada do dia 24 para o dia 25 do referido mês.  Tudo gratuitamente.  Para mim, o único problema dele é a inexistência. Mas pode ter certeza: se o Papai Noel existisse, seria odiado pela maioria dos proeminentes políticos e economistas. 

De onde tirei isso?  Simples: como tais pessoas tendem a ser hostis à entrada de produtos estrangeiros melhores ou mais baratos do que os nacionais, é óbvio que não iriam gostar que um groenlandês entrasse no país e distribuísse brinquedos gratuitamente.  Ao buscar impor barreiras ao bom velhinho, provavelmente o acusariam de dumping, de maltratar suas renas ou de escravizar os duendes, a fim de enquadrá-lo como praticante da "concorrência desleal" ou coisa parecida.  No entanto, não há dúvidas de que seria a mera atitude de dar presentes que faria o Papai Noel ser pintado como um sabotador da economia nacional, responsável pelo fim de empregos e pelo enfraquecimento da indústria.

Teriam razão?  Certamente não!  A ideia de que importações são maléficas tem claras pitadas de nacionalismo e xenofobia, mas sua raiz é mais profunda.  Como a existência de uma necessidade não satisfeita é o pressuposto de cada atividade econômica, diz-se que o fim de uma necessidade ou sua perfeita satisfação são eventos que devem ser evitados, porque provocariam uma diminuição da atividade econômica.  Por tal motivo, quem odeia importações também odeia máquinas e acredita que guerras e desastres naturais têm efeitos positivos.  Trata-se de um grande equívoco!  O aparecimento de soluções mais eficientes para certos problemas de fato prejudica o pequeno grupo que está acostumado a ganhar dinheiro lidando com eles, mas beneficia aqueles que sofrem com tais problemas, pessoas que certamente formam um grupo bem maior.  Além disso, o pequeno malefício é passageiro, visto que os beneficiários buscam satisfazer outras de suas infinitas necessidades, demandando soluções para outros problemas, antes preteridos.  

Sendo assim, é correto afirmar que a existência do Papai Noel seria nefasta para fabricantes de brinquedos e afins, mas é preciso destacar que a economia nos gastos natalinos possibilitaria aos pais de crianças bem comportadas a aquisição de outros produtos e serviços — o que não apenas aumentaria o conforto material deles, mas também direcionaria a energia produtiva do setor de brinquedos para os setores contemplados.  Com as importações comuns (em que se busca lucro), ocorre o mesmo fenômeno, embora, infelizmente, sem tanta força, pois a quantia economizada por quem recebe os produtos não é tão grande — afinal, há uma compra mais barata, e não uma doação. 

As práticas protecionistas, portanto, criam barreiras à entrada de soluções, o que é economicamente equivalente a criar novos problemas.  É como se o Estado furasse pneus em prol de borracheiros.  Ora, não precisamos de mais dificuldades no caminho da prosperidade!  Basta!  Soluções são bem-vindas e ponto final.  O Papai Noel infelizmente não existe, mas tem muita gente disposta a atravessar o mundo para nos servir um pouco melhor.  Por que recebê-los mal?

Onde leio o original? Aqui (link)


Fica a dica dessa parodia feita com o Papai Noel. (link)

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