Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal.Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer.Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.
TIJOLADAS DO MOSQUITO, A MORTE E A DIFÍCIL MISSÃO DE MANTER UM BLOG POLÍTICO.
Esse
é o tipo de postagem que nenhum blogueiro gostaria de postar, mas não podemos
nos calar diante de tantas situações como essa. Onde está a democracia e o
direito de dizer o que se pensa? Discordar ou concordar com algo é DIREITO de
todo e qualquer cidadão. ATENÇÃO blogueiros, peço que divulguem e circulem
essas notícias.
Esta semana fomos
assaltados com a notícia do falecimento do blogueiro Amilton Alexandre – editor
do Blog Tijoladas do Mosquito. Pouco depois de encerrar as atividades do blog
(dia 09/12); Alexandre foi encontrado enforcado em sua casa na terça-feira (dia
13/12).
O sepultamento foi
ontem (14/12) à tarde e a suspeita da polícia é de suicídio. No entanto, dadas
as ameaças de morte quase constantes, as pressões que vinha sofrendo em sua
vida pessoal e profissional e a declarações de amigos de longa data, que refutam
veementemente a tese de suicídio, a polícia diz que investigará a hipótese de
assassinato.
Infelizmente, a
sagacidade, a acidez (às vezes excessiva) e a ferocidade com a qual o Mosquito
(como era carinhosamente chamado por leitores e amigos) caracterizava seus
textos fez muitos inimigos até entre a alta cúpula da polícia local. O que,
para os mais chegados e para os leitores do blog, simplesmente não confere a
desejada isenção a polícia local na realização das investigações.
Figura odiada por
políticos e figurões da banda podre do serviço público de Santa Catarina, o
Mosquito finalmente havia capitulado diante da avalanche de ações judiciais que
o levaram a problemas financeiros. (Exatamente o mesmo problema que ocasionou o
fechamento do Nova Corja). As investigações sobre a morte do Mosquito podem
chegar exatamente ao mesmo ponto em que chegou o inquérito, aqui no Rio de
Janeiro, do episódio do atentado ao blogueiro Ricardo Gama: lugar algum.
Vários meses após o
ocorrido a polícia nada tem a apresentar e o atentado já caiu no esquecimento
geral. Já com o falecimento do “Mosquito” a velocidade com a qual a polícia
local abraçou a tese de suicídio (mesmo antes dos laudos periciais definitivos)
já pode indicar que os poderosos relegarão as investigações a um segundo plano
(ou mesmo a plano nenhum). Bastando-lhes o “suicídio” da mesma forma que bastou
o “atentado” para a polícia carioca que coincidentemente tinha sua cúpula
duramente atingida pelas denúncias do Ricardo Gama.
Assim, em um país
onde manter um blog político pode significar risco de vida ou de ruína
financeira, graças a litigância de má fé apoiada pelo próprio Judiciário, as
autoridades se lixam para qualquer um que não seja político, membro do
Judiciário ou repórter da Globo. As dificuldades de editar um blog político
preocupado em manter a luz acesa sobre os desmandos e falcatruas das
administrações públicas vão muito além da indiferença bovina da maioria dos
cidadãos.
O mínimo que se
poderia querer, em um país minimamente preocupado com a segurança de seus
cidadãos, era o acompanhamento do Ministério Público Federal ou de alguma
autoridade policial (também federal) em todos os crimes envolvendo denunciantes
de personagens públicos. Isso garantiria a lisura mínima nas investigações ou,
pelo menos, dificultaria o exercício nefasto de interesses perniciosos.
Mas, no país com 74%
da população adulta composta por analfabetos funcionais – como reconhece o
próprio governo – com uma classe política quase totalmente tomada pela
corrupção; uma polícia que não gosta de investigar (a não ser que seja
pressionada) e uma imprensa que se preocupa muito mais com a manutenção de um
diploma e em fazer reserva de mercado do que com a verdade dos fatos e a
liberdade de informação, não era de se estranhar que alguém como o Mosquito
fosse “suicidado” ou que o final do inquérito do atentado ao Ricardo Gama
chegue à conclusão de que tudo não passou de uma farsa.
Falta aos jornalistas
encarar a figura do blogueiro como um aliado e inibidor do freio editorial das
grandes corporações e as autoridades vontade e compreensão de que o assassinato
político não pode ser tolerado em nenhuma esfera.
Meus sinceros
sentimentos a família do Mosquito e aos leitores do Tijoladas. Perde a
blogosfera brasileira, perde a luta pela ética na política e perde a nação
brasileira em seu combate constante por um país melhor e mais justo para todos.
Um abraço Mosquito.
Vejam o vídeo do Blogueiro, praticamente, alertando as perseguições que vem recebendo.
"Jornalismo é
publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade."
– George Orwell
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