SOBRE O BLOGUEIRO

Sou um Beatlemaniaco. Tudo começa assim... Fiquei reprovado duas vezes no Mobral, mas nunca desisti. Hoje, sou doutor em Parapsicologia formado na mesma turma do Padre Quevedo; sou antropólogo e sociólogo formado, com honra, em cursos por correspondência pelo Instituto Universal Brasileiro. Em minha vasta carreira acadêmica também frequentei até o nono ano de Medicina Cibernética, Letras Explosivas, Química da Pesada, Direito Irregularmente torto e assisti a quase todas as aulas do Telecurso 2000 repetidas vezes até desistir de vez. Minha maior descoberta foi uma fábrica secreta de cogumelos venenosos comestíveis no meio da Amazônia Boreal. Já tive duas bandas de Rock que nunca tocaram uma música se quer. Comi duas vezes, quando criança, caspas gigantes da China pensando que era merda amarela. Depois de tudo isso, tornei-me blogueiro. Se eu posso, você pode também. Sou um homem de muita opinião e isso desagrada muita gente. Os temas postados aqui objetivam enfurecer um bom número de cidadãos.

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Muito prazer, meu nome é África: Breves comentários sobre a literatura africana e suas potencialidades.







Formado por diversas nações pobres, devastadas por vários anos de guerras. Oitocentos milhões de habitantes, um sétimo da população mundial, mas, devido à sua extensão territorial, é pouco povoada. Sua densidade demográfica é equivalente ao Brasil. Porém a definição desse continente não pára por ai. Ele ainda enfrenta o preconceito, a descriminação, ainda não tendo se livrado de uma imagem distorcida de lugar exótico, primitivo, miserável e incapaz de se erguer por conta própria. Na verdade, quando falamos daquele continente devemos observar que o mesmo não se apresenta de forma singular, mas multicultural: são diversos idiomas, histórias, potencialidades, identidades e nações.

A literatura em questão era, até pouco tempo atrás pouco difundida. O fato se dá devido a alguns problemas ainda vividos no outro lado do Atlântico. Mesmo com altos índices de analfabetismo, dos sofrimentos causados por conflitos armados, da precariedade da vida, da herança deixada pelo mundo, um número crescente de escritores africanos vem se revelando, contando em forma de poesia, contos e romance a história desse continente, e assim, reafirmando uma diversidade que trazem a marca de uma verdadeira resistência cultural.

Tal literatura tem como contexto, guerras civis e caos social, que servem como plano de fundo da maior parte das obras. A religião também exerce uma influência forte. Uma característica marcante é a tradição oral. Na Guiné, por exemplo, existe o Djumbai, encontros em que se contam fábulas, histórias tradicionais, contos infantis. É uma tradição antiga que ajuda a preservar e manter viva a criatividade artística.

Mesmo sendo do mesmo continente, alguns escritores não mantêm um contato entre si. Eles são, muitas vezes, apresentados quando participam de eventos de literatura no exterior. Muitos deles já receberam diversos prêmios ao redor do globo, prêmios esses que repercutem e fazem despontar novos talentos.  Os livros também não circulam no próprio continente, nem entre os países de mesma língua. Já em relação à vendagem das obras, amantes da literatura enfrentam alguns problemas: São poucas as editoras e os preços dos livros são inviáveis para a população local.

Ainda não despertamos para um contato mais aprofundado com a literatura africana, parecemos demonstrar certo desinteresse ou completo desconhecimento pela temática em questão. Então, segue uma lista de algumas obras e escritores africanos:

Ø  Balada do amor ao vento (1990), ventos do apocalipse (1993), em Niketche: uma história de poligamia (2002), o alegre canto da perdiz (2008) de Paulina Chiziante;

Ø  A louca de Serrano (2008) de Dina Salústico; o cão e os caluandas (1985), Yaka (1985), Jaime Bunda, agente secreto (2001), Jaime Bunda e a morte do americano (2002), predadores (2005); de Pepetela;


Ø  Raiz de orvalho (1983) e terra sonâmbula (1992) de Mia Couto.

Talvez no futuro iremos olhar no retrovisor do tempo e perceber que o continente africano também tem muito a nos ensinar através da sua literatura rica e diversificada. 

Por Bruno Coriolano.
Texto escrito em 2009.

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